Vídeos: Cristiano Ronaldo no Euro2008

«Agora vou ser operado. Tenho um pequeno problema há cerca de três meses. Vou fazer a operação e depois ter um bom período de recuperação», afirmou o jogador, citado pela imprensa inglesa.
[Mas há proposta do Real Madrid?] Acho que sim. Vamos ver se chegamos a acordo. Nos próximos dias vão ter novidades.
[Já falou em castelhano na conferência, anda a treinar?] Já sabia falar. Tento sempre praticar falar espanhol, inglês e francês.
«Disse que não queria falar do meu futuro, estou concentrado na Selecção», afirmou Ronaldo, depois de questionado sobre o facto de Scolari ter decidido o seu próprio futuro no decorrer do Europeu. O seleccionador, recorde-se, tinha dito que nem ele próprio nem Ronaldo falariam do futuro antes de terminar a prova. «O mister Scolari já decidiu, decidiu bem, mas eu só falo no fim do Europeu.»
A resposta foi mais ou menos idêntica à pergunta de um jornalista espanhol, que queria saber o que achou Ronaldo do facto de a FIFA não ter dado seguimento à queixa do Manchester United contra o Real Madrid pelo alegado assédio ao jogador português. «Já disse antes que não quero falar do Manchester nem do meu futuro, podes perguntar outra coisa», afirmou Ronaldo, agora falando num espanhol aportuguesado.
Cristiano Roanldo e as brincadeiras com o «rival « Scolari
Luiz Felipe Scolari vai treinar o Chelsea, um dos maiores rivais do Manchester United, equipa onde actua Cristiano Ronaldo. O extremo admite que tem brincado com o seleccionador: «Não me causa qualquer constrangimento. Chamo-lhe rival, mas é brincadeira. Tenho uma grande amizade por ele. Acho que tudo vai correr bem, porque é um grande treinador e um grande homem.»
E o próximo Seleccionador Nacional? A saída de Scolari deixa uma vaga em aberto, mas Cristiano Ronaldo prefere não se meter na escolha de um sucessor. Tanto faz, desde que mantenha o bom trabalho: «Português ou estrangeiro?Um jornalista brasileiro perguntou a Cristiano Ronaldo se alguma vez imaginou, quando ainda estava na Madeira, que um dia poderia vencer a Liga dos Campeões, a Liga e o Euro no mesmo ano (para além dos prémios individuais). O extremo manteve a boa disposição: «Imagina cara, claro que não! [risos] As coisas proporcionaram-se rapidamente. Estreei-me com 18 anos e fui sempre crescendo. A minha carreira está cada vez melhor. Estou num grande clube e grande selecção. Estou a evoluir como homem e pessoa e quero evoluir ainda mais.»
«Em alguns jogos agarro-me mais à bola, mas é como jogo...»
O internacional luso foi, muitas vezes, acusado de ser demasiado individualista. A individualidade colocada ao serviço do colectivo poderá ser o segredo para Portugal ir longe neste Europeu? «Tento jogar sempre para o colectivo. Tenho ajudado a equipa. Por vezes as coisas não saem bem, mas nunca desisto. Quando chegam os 90 minutos é que baixo os braços. Sinto-me um privilegiado porque estou num grande grupo. Nuns jogos sou mais pelo colectivo e noutros agarro-me mais à bola, mas é como jogo...»O jogador do Manchester United queixou-se de dores nos gémeos e fez apenas trabalho de ginásio. «O treino não é só no campo. O Cristiano apresentava algumas queixas nos gémeos e optámos que treinasse no ginásio com o fisioterapeuta António Gaspar durante o dia de hoje. Amanhã irá treinar sem limitações. Tenho a certeza que estará a cem por cento frente à Alemanha», esclareceu o médico da Selecção Nacional.
O extremo, que foi titular nos dois primeiros jogos, «vai fazer um programa de alongamentos, reabilitação articular e fazer trabalho específico de gémeos, a zona que está mais afectada».
Raul Meireles também apresentou queixas musculares e vai ser poupado no treino desta tarde. «Irá fazer a primeira parte do reino, depois analisaremos para que faça uma gestão de esforço», contou ainda Henrique Jones.
O treino da Selecção Nacional no Estádio la Maladière contou com uns espectadores especiais. Os polícias que têm controlado a segurança de Portugal em Neuchatel marcaram presença no relvado para tirarem uma fotografia com a comitiva nacional. Houve direito a aplausos dos «senhores das fardas» para os jogadores e foram cantados os parabéns, em suíço, a Paulo Flor, responsável pela segurança da Selecção que faz esta terça-feira 31 anos.
Ambiente de descontracção na preparação para o jogo com a Alemanha, sendo que a comunicação social só assistiu ao aquecimento. Esta quarta-feira de manhã a Selecção viaja para Basileia onde durante a tarde irá realizar o último treino antes do decisivo jogo dos quartos-de-final.
em: maiseuro2008.iol.pt
In English (resume)
Cristiano Ronaldo didn’t train today with the rest of the National Team, but the doctor Henrique Jones guarantees that the player is going to be 100% for Thursday’s match.
ManUtd’s player complained about his leg muscles and only did «gym work»., but the doctors guarantee that he will play on Thursday and that tomorrow(wednesday) Ronaldo will train with no limitations.
In English (resume)
«The only difference today, was that
Ronaldo was on the bench, and said that he likes to play every match but it was «a technique decision».
About the opponent on the quarter-finals: «Anyone who qualifies to the quarter-finals is good, and so it will be complicated.».
Cristiano Ronaldo also complemented the German Team: «
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Cristiano Ronaldo, autor de um golo e uma assistência, em declarações à Sporttv no final da vitória (3-1) sobre a Rep. Checa:
«Tento dar sempre o meu melhor. Por vezes as pessoas não compreendem, mas é assim que jogo no Manchester e é assim que vou jogar sempre. Não sei jogar de outra forma. Só sei arriscar. Quando as coisas saem mal perco bolas, mas quando as coisas me saem bem acontecem golos ou assistências. Na segunda parte as coisas correram-me melhor, consegui marcar, consegui dar um passe para golo, foi bom e o objectivo está cumprido. Se os portugueses podem sonhar? Podemos todos sonhar. Todos temos a legitimidade de sonhar alto, mas passámos apenas uma etapa. Agora há que pensar jogo a jogo. O caminho é longo, mas estamos no bom caminho».
Cristiano Ronaldo abandonou o Estádio de Genebra de sorriso rasgado. Foi bastante animado que o camisola 7 falou aos jornalistas e até brincou quando percebeu que o autocarro de Portugal ia começar a arrancar. «Estou aqui», acenou. «Já que esqueciam de mim», disse por entre gargalhadas. É impossível esquecerem-se de Cristiano Ronaldo neste Euro 2008, apesar de o avançado considerar que frente à Rep. Checa não esteve ao nível do que pode fazer por Portugal:
Na primeira parte acho que não estive ao meu melhor, mas mesmo assim tive duas tentativas no ataque: no lance do golo do Deco bati a bola para o Nuno Gomes e o livre que marquei acho que foi bom. Não estive ao meu melhor, mas como vocês sabem de um momento para o outro eu posso decidir o jogo e foi o que aconteceu com um golo e uma assistência. Estou muito feliz por isso. Tento dar sempre o meu melhor, às vezes as coisas não correm como nós esperamos, mas nunca desisto. Foi um jogo de luta pois a República Checa tem uma excelente equipa e criou-nos muitas dificuldades. Merecemos ganhar. Estamos no final da época e espero sentir-me ainda melhor nos próximos jogos.»
Platini esteve na bancada a ver o jogo. Pensa que pode ser uma ajuda para ganhar o título de melhor jogador de 2008? «Não vai ser pelo torneio que vão decidir isso. Penso que não tenho mais nada a mostrar a ninguém. Como sou um jogador ambicioso quero sempre o melhor e vou lutar até ter forças. Ganhar o Europeu era fantástico pois era o culminar da grande época que fiz.»
A quem deu a camisola deste jogo? «A um primo meu que estava a vibrar comigo.»
Comentando a votação onde foi eleito o jogador mais bonito deste Europeu: «Isso é tanga. Mas é bom saber que elas estão do meu lado (Risos)»
em: maiseuro2008.iol.pt
E de repente Portugal descobriu que no futebol há outra equipa a jogar. E por isso sofreu. E teve de lutar. E voltou a ser melhor, acabando o jogo com mais uma vitória e um novo final em apoteose. Foi como se, desde o último sábado, os adeptos portugueses vivessem nas nuvens, com a ilusão de que a Selecção só teria Turquias pela frente. Pois bem, o vitória sobre a Rep. Checa (3-1) representa um duro e gratificante regresso à terra.
Perante uma República Checa transfigurada pela ausência de Koller e pela súbita vontade de arriscar, Portugal passou por dificuldades tremendas durante a primeira parte, a partir do momento em que o golo de Sionko (17 m), após um canto, anulou os frutos da persistência de Deco (8 m). Mas foi capaz de sair do sufoco, redescobrir-se forte e sair por cima de um teste incomparavelmente mais exigente do que o anterior. Um excelente sintoma para as dificuldades crescentes que, sem dúvida, aguardam a equipa nos próximos jogos da competição, agora que a segunda fase está tão perto.
Em Genève, a Selecção teve um interruptor chamado Deco. Quando o número 20 pegou no jogo, Portugal brilhou. Quando sumiu, naquele inquietante período após o empate checo, a equipa pareceu às escuras, num labirinto de insegurança e camisolas vermelhas. Tal como contra a Turquia, foi Pepe o primeiro a apontar o caminho da saída. Não com um golo, desta vez, mas com a segurança e personalidade que fazem dele, para já, o central mais impressionante deste Europeu.
Foi ele, ajudado pela serenidade de Paulo Ferreira, a anular as tremideiras dos companheiros (com Bosingwa à cabeça) e a dar a almofada de confiança que permitiu à selecção aproximar-se novamente da área de Cech, nos minutos finais da primeira parte, que anunciavam as alegrias que estavam para chegar.
Deco, que cometeu a proeza de encaixar 15 minutos péssimos em 75 sublimes, voltou a empunhar a batuta. E, como por magia, os espaços apareceram. Nuno Gomes (53 e 55 minutos) deu os primeiros avisos, Simão (aos 58) ainda permitiu a Cech mostrar por que razão é um dos melhores guarda-redes do Mundo. O golo libertador adivinhava-se, se bem que Baros (62 m) ainda pregasse um derradeiro susto, após mais um canto problemático.
Mas Portugal estava outra vez bem, solto, confiante. Faltava um ingrediente para completar o banquete. Tinha o número 7 nas costas e, durante largos minutos, fora o espelho da frustração, face à dupla, às vezes tripla marcação dos checos. Cristiano Ronaldo estivera no lance do primeiro golo, mas a partir daí, à excepção de dois remates de longe, andara a bater com a cabeça no muro. Aos 63 minutos, porém, Moutinho teve uma abertura luminosa para a direita, Deco deu-lhe sequência com um passe rasteiro para a grande entrada em cena de CR7: o tiraço rasteiro bateu Cech. E Portugal deitava, finalmente, para trás das costas as inquietações provocadas pelos checos: a partir daí nada de mal poderia acontecer.
Ricardo ainda brilhou perante uma cabeçada de Sionko. As substituições de Scolari responderam bem à entrada da artilharia pesada dos checos, com Meira a completar nos minutos finais a tarde intransponível de Pepe e Quaresma e Hugo Almeida, mais frescos, capazes de explorar o contra-ataque a que a equipa passava a recorrer.
Como contra a Turquia, o final em apoteose chegou nos descontos, com um golo vindo do banco. Deco foi rápido a marcar um livre e, enquanto os checos pensavam na vida, Ronaldo foi por ali fora, encarou Cech e, com Quaresma ao lado, mostrou que a obsessão pelo reconhecimento do seu talento não o torna cego. O golo do número 17 foi o epílogo perfeito para uma equipa que, guiada pelos seus dois naturalizados, mostrou o que ainda faltava ver: além do talento, Portugal trouxe para a Suíça a solidez dos grandes.
em: maiseuro2008.iol.pt
Portugal entrou a vencer no Euro 2008! A história favorável da Selecção Nacional frente à Turquia repetiu-se e já estão conquistados os primeiros três pontos que dão a liderança no Grupo A. Em terra de emigrantes portugueses, Pepe provou que esta é mesmo a equipa de todos nós. Esqueçam-se as origens. O que importa é o sentimento por uma nação!
Uma primeira parte inteligente de Portugal! Enorme segurança na defesa, com Pepe em evidência e Ricardo Carvalho a não ter uma única falha. Um meio-campo onde se destacou a entrega de Petit e a irreverência de Deco. Com todos os olhos colados em Cristiano Ronaldo, o luso-brasileiro e Simão tiveram liberdade para desequilibrar e foram os protagonistas das jogadas ofensivas da Selecção Nacional.
Aos 17 minutos Simão marcou canto e Pepe, de cabeça, colocou a bola no fundo da baliza turca. O central do Real Madrid fez a festa. O banco de Portugal também, mas não valeu. Pepe estava em fora-de-jogo e o lance foi invalidado.
Uma boa movimentação como exemplo da superioridade de um Portugal «muito certinho» a defender e «atinadinho» nas saídas para o ataque foi aquilo que se assistiu na primeira parte.
Aos 37 minutos Portugal esteve novamente perto de marcar e com o protagonista que todos temem: Cristiano Ronaldo. O camisola 7 marcou um livre, na esquerda, a bola ainda foi tocada por Volkan e bateu no poste esquerdo do guardião turco.
O nulo ao intervalo aceitava-se, mas todos foram para o descanso com a certeza de que este Portugal é superior à Turquia.
Pepe mergulhou no banho turco
No segundo tempo as duas equipas entraram mais atrevidas e mais determinadas no ataque. Aos 51 minutos Simão sofreu uma falta de Zan, o árbitro deu a lei da vantagem, e Nuno Gomes, de pé direito, atirou ao poste.
Duas bolas no poste e um golo anulado. Era esse o balanço de Portugal até aos 61 minutos altura em que Pepe qual Moisés mergulhou no banho turco, abriu as águas e conduziu toda a nação portuguesa pelo caminho rumo à glória.
Um fantástico trabalho do brasileiro que recentemente se tornou português. Recuperou a bola a meio-campo, passou para Cristiano Ronaldo, este devolveu-lhe o esférico, Pepe caminhou até ao ataque, fez tabela com Nuno Gomes e rematou para o fundo da baliza (61m). 1-0 para Portugal festejado efusivamente pelo central do Real Madrid, que não se cansou de bater no peito como mostra de que o pequeno país que está na caudal da Europa também lhe pertence.
A vantagem lusa poderia ter sido ampliada pouco depois, mas o cruzamento de Cristiano Ronaldo terminou com um remate à trave de Nuno Gomes (65m).
O camisola 21 saiu pouco depois e Scolari fez entrar Nani. É este o plano B do seleccionador nacional neste Europeu: Cristiano Ronaldo como ponta-de-lança, a ser servido por Simão e Nani, nas alas, e Deco no meio.
A Turquia encolheu-se perante Portugal e foram poucas as vezes que chegou com perigo à baliza de Ricardo. Percebeu-se que estava mais apostada na resposta aos ataques lusos do que em assumir o jogo e quando se viu em desvantagem não teve argumentos para alterar a situação.
A Selecção Nacional terminou com Raul Meireles no meio-campo (saiu Simão) e Fernando Meira (saiu Deco). Scolari baixou as linhas com enorme pragmatismo pois para a história ficariam os três pontos conquistados neste arranque do Euro 2008. Nada mais importa. Desta vez ninguém se lembrou da Grécia e quando todos esperavam pelo apito final Cristiano Ronaldo correu com a bola pela esquerda, deu para João Moutinho que na área tocou para Raul Meireles fazer o 2-0 final. Só depois se ouviu o sinal da confirmação do triunfo lusitano.
em: maiseuro2008.iol.pt