Suiça 2-0 Portugal (Ronaldo não jogou)
Entre as emoções intensas do jogo com a Rep. Checa e as que se anunciam para a próxima quinta-feira, com o furacão-Scolari pelo meio, Portugal viveu em Basileia um domingo de baixíssimas pressões. Tão baixas, que a derrota frente à Suíça (0-2), que permitiu à equipa organizadora despedir-se da prova com o orgulho retocado, nem deverá deixar marcas no futuro imediato de uma Selecção que deu às suas estrelas mais um dia de descanso.
A almofada de confiança trazida dos primeiros jogos e a radical mudança de elenco, decidida por Scolari permitem diminuir o peso de erros próprios, perfeitamente evitáveis. E também a não gastar demasiadas energias a digerir uma arbitragem lamentável do austríaco Plautz, sem dúvida a pior desde o início do Euro. Este jogo foi apenas um parêntesis, espera-se que definitivamente fechado: as emoções a sério seguem dentro de momentos.
A motivação acrescida das oito caras novas no onze de Scolari e o orgulho ferido da Suíça na despedida do seu seleccionador eram os únicos pretextos para esperar que os 90 minutos do estádio St. Jakob fossem mais do que uma total perda de tempo. Nos dois pratos da balança pesou mais a motivação dos homens de vermelho. Apesar de alguns lampejos de talento avulso, Scolari não conseguiu o milagre de montar uma equipa coesa com as segundas linhas: foi uma equipa portuguesa desarticulada a que se deixou bater em Basileia.
Tudo poderia ter sido diferente se Portugal tivesse saído da primeira parte em vantagem, como a lógica impunha. Um penalty não assinalado sobre Nani (15 m), um desvio de Pepe para a trave (18 m), um corte de Senderos sobre a linha a remate de Postiga (24 m) e um golo mal anulado, por fora-de-jogo inexistente do mesmo Postiga (36 m) dão a medida da vantagem lusa nessa primeira parte, apesar da evidente desarticulação a meio-campo.
É verdade que já nessa fase surgiram os primeiros sintomas do que estava para vir: algumas desconcentraçõs defensivas, em especial na direita onde Miguel surgiu totalmente sem ritmo, obrigaram Ricardo a mostrar serviço em dois remates de Yakim. E é certo também que Paulo Ferreira poderia ter visto o cartão vermelho depois de uma entrada fora de tempo sobre o calcanhar de Behrami (30 m). Mas, ainda assim, jogando a trote ligeiro e com os ilusionistas Nani e Quaresma funcionando em ritmo de pisca-pisca, Portugal continuou por cima até aos 60 minutos.
Nani acertou no poste só com Zuberbulher pela frente (53 m) e uma bomba de Quaresma obrigou o veterano guarda-redes a defesa atenta (58 m). A partir daí Portugal fundiu e, com a entrada de Barnetta, a Suíça ganhou um fôlego ofensivo nunca visto. Scolari punha as mãos na cabeça enquanto Quaresma se perdia em atritos inúteis com Magnin, símbolo de uma desconcentração que se estendia a toda a equipa. Imler acertava no poste direito de Ricardo (65 m), Moutinho entrava para tentar pôr ordem na casa, mas era tarde de mais. Quando o excelente Yakim, bem solicitado por Derdiyok, bateu Ricardo pela primeira vez, sentiu-se que o jogo estava decidido. Já nem era preciso um derradeiro erro de Plautz, assinalando um penalty inexistente de Meira sobre Barnetta que Yakim converteu.
Oito dias depois de começar o Euro, a Suíça teve enfim direito à sua primeira e única festa. Para os portugueses, jogadores e adeptos, ficou apenas a vontade de perguntar: era mesmo preciso ter estado em campo este domingo?
em: maiseuro2008.iol.pt
A almofada de confiança trazida dos primeiros jogos e a radical mudança de elenco, decidida por Scolari permitem diminuir o peso de erros próprios, perfeitamente evitáveis. E também a não gastar demasiadas energias a digerir uma arbitragem lamentável do austríaco Plautz, sem dúvida a pior desde o início do Euro. Este jogo foi apenas um parêntesis, espera-se que definitivamente fechado: as emoções a sério seguem dentro de momentos.
A motivação acrescida das oito caras novas no onze de Scolari e o orgulho ferido da Suíça na despedida do seu seleccionador eram os únicos pretextos para esperar que os 90 minutos do estádio St. Jakob fossem mais do que uma total perda de tempo. Nos dois pratos da balança pesou mais a motivação dos homens de vermelho. Apesar de alguns lampejos de talento avulso, Scolari não conseguiu o milagre de montar uma equipa coesa com as segundas linhas: foi uma equipa portuguesa desarticulada a que se deixou bater em Basileia.
Tudo poderia ter sido diferente se Portugal tivesse saído da primeira parte em vantagem, como a lógica impunha. Um penalty não assinalado sobre Nani (15 m), um desvio de Pepe para a trave (18 m), um corte de Senderos sobre a linha a remate de Postiga (24 m) e um golo mal anulado, por fora-de-jogo inexistente do mesmo Postiga (36 m) dão a medida da vantagem lusa nessa primeira parte, apesar da evidente desarticulação a meio-campo.
É verdade que já nessa fase surgiram os primeiros sintomas do que estava para vir: algumas desconcentraçõs defensivas, em especial na direita onde Miguel surgiu totalmente sem ritmo, obrigaram Ricardo a mostrar serviço em dois remates de Yakim. E é certo também que Paulo Ferreira poderia ter visto o cartão vermelho depois de uma entrada fora de tempo sobre o calcanhar de Behrami (30 m). Mas, ainda assim, jogando a trote ligeiro e com os ilusionistas Nani e Quaresma funcionando em ritmo de pisca-pisca, Portugal continuou por cima até aos 60 minutos.
Nani acertou no poste só com Zuberbulher pela frente (53 m) e uma bomba de Quaresma obrigou o veterano guarda-redes a defesa atenta (58 m). A partir daí Portugal fundiu e, com a entrada de Barnetta, a Suíça ganhou um fôlego ofensivo nunca visto. Scolari punha as mãos na cabeça enquanto Quaresma se perdia em atritos inúteis com Magnin, símbolo de uma desconcentração que se estendia a toda a equipa. Imler acertava no poste direito de Ricardo (65 m), Moutinho entrava para tentar pôr ordem na casa, mas era tarde de mais. Quando o excelente Yakim, bem solicitado por Derdiyok, bateu Ricardo pela primeira vez, sentiu-se que o jogo estava decidido. Já nem era preciso um derradeiro erro de Plautz, assinalando um penalty inexistente de Meira sobre Barnetta que Yakim converteu.
Oito dias depois de começar o Euro, a Suíça teve enfim direito à sua primeira e única festa. Para os portugueses, jogadores e adeptos, ficou apenas a vontade de perguntar: era mesmo preciso ter estado em campo este domingo?
em: maiseuro2008.iol.pt
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