Portugal 2-3 Alemanha
Vítima dos seus defeitos, de pontos fracos há muito detectados, mas pouco referidos na inflação de euforia que se seguiu às vitórias sobre Turquia e Rep. Checa, Portugal sai dos Europeu nos quartos-de-final, vergado ao peso de uma Alemanha mais forte (2-3). O último jogo de Scolari à frente da Selecção chegou mais cedo do que todos esperavam, pondo um fim abrupto ao ciclo de maior sucesso de que há memória no futebol português.
Ao contrário da final de 2004 ou da meia-final de 2006, desta vez não houve lugar a sentimentos de frustração ou de injustiça. Os quartos-de-final são o patamar certo para esta equipa: quem sofre tantos problemas nas bolas paradas e tem tão poucas soluções para as laterais só pode queixar-se de si próprio.
Impedido de acompanhar a equipa no banco, Joachim Löw começou a ganhar o jogo na escolha do onze: face ao impedimento de Frings modificou o modelo táctico para um 4x3x3 simétrico ao de Portugal. Podolski e Schweinsteger davam apoio a Klose nos flancos, com Ballack mais solto, nas costas do ponta-de-lança. O resultado ia direito ao osso: pressão acrescida sobre os laterais, pondo a defesa lusa em respeito e dificultando os habituais circuitos de saída com a bola controlada.
Após dez minutos de domínio alemão, Portugal reagiu, encontrando espaços para alimentar a dupla Simão-Bosingwa. Deco procurava passes de ruptura, mas era difícil consegui-los no compacto bloco alemão. Aos 20 minutos, Bosingwa conseguiu um bom cruzamento, que Moutinho desviou com a coxa, por cima da trave. Foi a única vez em que Portugal esteve perto de ganhar vantagem. Porque logo depois a Alemanha entrava a matar.
Cada perda de bola era um perigo, face à velocidade com que Podolski e Schweinsteiger explodiam para o contra-ataque. E foi precisamente esta dupla a fabricar o primeiro golo, com o primeiro a ganhar em velocidade a Bosingwa e o segundo a bater Paulo Ferreira para concluir à queima-roupa (22 m).
A estratégia de Löw dava frutos e seria ajudada pela crónica debilidade portuguesa nos livres laterais: Schweinsteiger a cruzar na esquerda e Klose a cabecear sem oposição, para deixar os adeptos portugueses de rastos, quatro minutos depois.
Portugal não se rendeu aqui. Deco assumiu as responsabilidades e, bola colada ao pé, começou um trabalho de sapa, a tentar encontrar a estrela da companhia, Cristiano Ronaldo, sempre vigiado de perto. A reacção foi intensa e traduziu-se no golo da esperança a 5 minutos do intervalo, com Nuno Gomes a confirmar um «feeling» anunciado de véspera. A Alemanha tremeu e um remate cruzado de Ronaldo, solto na esquerda pela segunda vez, passou a centímetros do poste, reforçando as expectativas para uma segunda parte de alta tensão.
Se Portugal voltava a acreditar, nem por isso tinha resolvido os seus problemas. É verdade que o primeiro quarto de hora recomeço estancou a hemorragia pelos flancos, obrigando Schweinsteiger e Podolski a defender bem atrás. Lahm e Friedrich (maldoso a pisar Ronaldo) viram amarelos em poucos minutos e a defesa alemã ameaçava abrir a partir dos flancos. Mas Portugal só acumulava cantos sem consequência, enquanto a Alemanha, a cada bola parada, podia sentenciar o jogo.
Foi o que aconteceu aos 60 minutos, quando mais um livre de Schweinsteiger (decididamente, tem pé quente contra os portugueses!) foi parar à cabeça de Ballack, astuto ao dar um encosto em Paulo Ferreira, suficiente para tirá-lo da jogada. A saída a destempo de Ricardo completou um terceiro golo, irmão gémeo do segundo. Nada por acaso.
Ao contrário da final de 2004 ou da meia-final de 2006, desta vez não houve lugar a sentimentos de frustração ou de injustiça. Os quartos-de-final são o patamar certo para esta equipa: quem sofre tantos problemas nas bolas paradas e tem tão poucas soluções para as laterais só pode queixar-se de si próprio.
Impedido de acompanhar a equipa no banco, Joachim Löw começou a ganhar o jogo na escolha do onze: face ao impedimento de Frings modificou o modelo táctico para um 4x3x3 simétrico ao de Portugal. Podolski e Schweinsteger davam apoio a Klose nos flancos, com Ballack mais solto, nas costas do ponta-de-lança. O resultado ia direito ao osso: pressão acrescida sobre os laterais, pondo a defesa lusa em respeito e dificultando os habituais circuitos de saída com a bola controlada.
Após dez minutos de domínio alemão, Portugal reagiu, encontrando espaços para alimentar a dupla Simão-Bosingwa. Deco procurava passes de ruptura, mas era difícil consegui-los no compacto bloco alemão. Aos 20 minutos, Bosingwa conseguiu um bom cruzamento, que Moutinho desviou com a coxa, por cima da trave. Foi a única vez em que Portugal esteve perto de ganhar vantagem. Porque logo depois a Alemanha entrava a matar.
Cada perda de bola era um perigo, face à velocidade com que Podolski e Schweinsteiger explodiam para o contra-ataque. E foi precisamente esta dupla a fabricar o primeiro golo, com o primeiro a ganhar em velocidade a Bosingwa e o segundo a bater Paulo Ferreira para concluir à queima-roupa (22 m).
A estratégia de Löw dava frutos e seria ajudada pela crónica debilidade portuguesa nos livres laterais: Schweinsteiger a cruzar na esquerda e Klose a cabecear sem oposição, para deixar os adeptos portugueses de rastos, quatro minutos depois.
Portugal não se rendeu aqui. Deco assumiu as responsabilidades e, bola colada ao pé, começou um trabalho de sapa, a tentar encontrar a estrela da companhia, Cristiano Ronaldo, sempre vigiado de perto. A reacção foi intensa e traduziu-se no golo da esperança a 5 minutos do intervalo, com Nuno Gomes a confirmar um «feeling» anunciado de véspera. A Alemanha tremeu e um remate cruzado de Ronaldo, solto na esquerda pela segunda vez, passou a centímetros do poste, reforçando as expectativas para uma segunda parte de alta tensão.
Se Portugal voltava a acreditar, nem por isso tinha resolvido os seus problemas. É verdade que o primeiro quarto de hora recomeço estancou a hemorragia pelos flancos, obrigando Schweinsteiger e Podolski a defender bem atrás. Lahm e Friedrich (maldoso a pisar Ronaldo) viram amarelos em poucos minutos e a defesa alemã ameaçava abrir a partir dos flancos. Mas Portugal só acumulava cantos sem consequência, enquanto a Alemanha, a cada bola parada, podia sentenciar o jogo.
Foi o que aconteceu aos 60 minutos, quando mais um livre de Schweinsteiger (decididamente, tem pé quente contra os portugueses!) foi parar à cabeça de Ballack, astuto ao dar um encosto em Paulo Ferreira, suficiente para tirá-lo da jogada. A saída a destempo de Ricardo completou um terceiro golo, irmão gémeo do segundo. Nada por acaso.
Portugal quebrou, e mais partido ficou com a saída de Nuno Gomes, que até aí tinha sido a voz mais confirante no comando da reacção. Nani e Postiga entraram para animar, pouco, as coisas, numa equipa incapaz de um golpe de asa. Ronaldo, sem conseguir fugir à marcação, era o retrato da descrença. E nem mesmo o golo tardio de Postiga, após cruzamento de Nani, fez pensar que o desfecho pudesse ser outro que não este. Uma nova história começa agora.
em: maiseur02008.iol.pt
1 Comments:
Cristiano Ronaldo tu és a estrela maior tu és o Melhor...
By Géssica Grave, at 12:26 da manhã
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