«Pronto, sou eu!», brinca Ronaldo quando lhe perguntam sobre o melhor

Cristiano Ronaldo não quis alongar-se muito no debate sobre quem é o melhor jogador do mundo da actualidade. O extremo do Manchester United sentiu-se constrangido por a pergunta ter sido feito durante a conferência de imprensa e não quis ser politicamente incorrecto.
«Dizer quem é o melhor do mundo é muito relativo. É uma pergunta difícil. Não sei como hei-de distinguir cada um dos melhores. Há momentos em cada prova, as temporadas são longas, uns destacam-se mais na Liga dos Campeões, outro nas ligas nacionais, outros nos Campeonatos da Europa e nos Mundiais. Os grandes jogadores sabem quem são os grandes jogadores», começou por dizer o melhor marcador da Premier League.
A insistência dos jornalistas fez com que Ronaldo baixasse a guarda: «Pronto, sou eu! Estou a brincar... Se estivesse sozinho com um de vocês perceberia por que não posso responder. Fica mal. Não posso dizer aqui. Estou incluído no lote dos melhores deste momento. Se for considerado o melhor do mundo hoje ou daqui a dez anos serei o mesmo. Se me vai surpreender? Não, porque trabalho para isso.»
O red devil garante que o Europeu não o preocupa, nem sente que seja uma prova em que tem de estar imparável. «Não tenho de mostrar nada a ninguém. Um campeonato tem nove meses, é aí que se vê quem são os grandes jogadores. Não é numa competição curta que se vê quem é melhor. O melhor faz-se ao longo dos anos. É claro que se estiver bem, psicologicamente e fisicamente, poderei fazer um bom Europeu.»
Uma entrevista de Lisandro, em que o argentino do F.C. Porto brincava que via Ronaldo em todo o lado, até na sopa, chegou aos ouvidos do português na conferência de imprensa desta terça-feira, em Zurique. «É sinal de que admiram o meu trabalho, o meu profissionalismo. Sou português e estou sempre na boca do mundo. É um nível de responsabilidade ainda maior, vou tentar não desiludir as pessoas», concluiu.

Ronaldo: «De certeza que não vou estar igual no Europeu»

Cristiano Ronaldo está consciente de que atravessa o pico da forma e que o Campeonato da Europa ainda está a quatro meses de distância. O capitão da Selecção promete tentar manter-se no topo o mais tempo possível. A ambição, essa, não vai quebrar.
«De certeza que não vou estar igual. Vou ter mais jogos nas pernas. Quero fazer um Europeu igual ao campeonato inglês, vou concentrar-me nos jogos que vêm aí pela Selecção e pelo Manchester United na liga inglesa e na Liga dos Campeões. Vou estar bastante preparado para o Europeu. Haverá uma fase depois de um grande desgaste em que o Descanso será a prioridade, mas acredito que com o nível de motivação com que vou estar as coisas vão correr bem», garantiu o extremo, que voltou a abordar o livre espantoso de há duas semanas: «Acho que é o melhor golo que marquei, pela trajectória, pela força e colocação. Já marquei muitos golos pela Selecção e pelo Manchester, alguns deles muito bons, mas acredito que este é o melhor. Não estou a pensar ainda no Europeu, estou a gozar o momento. Estou concentrado na Premier League, na Liga dos Campeões e nestes jogos de Portugal.»
O melhor marcador da Premier League rejeita as críticas de que não tem conseguido transpor para a Selecção o rendimento que consegue em Inglaterra. «Podem querer pedir mais de mim. Não concordo. Fui o melhor marcador da Selecção em duas fases de qualificação, sou dos que mais assistências faz¿ Aquilo que tento fazer na Selecção é seguir a paixão, é uma paixão diferente, é o meu país. Mas a ambição vai ser a mesma, independentemente dos golos. Vou tentar ajudar a Selecção e o Manchester a alcançar os troféus a que se propõem.»
Questionado sobre o troféu que mais gostaria de conquistar este ano, Ronaldo voltou a não querer ferir susceptibilidade: «Se disser Campeonato da Europa, os portugueses vão ficar contentes e eu também, mas os ingleses vão ficar chateados. As três provas são muito importantes. É possível ganhar as três. Estamos no segundo lugar da liga, nos oitavos-de-final da Champions e vamos estar na fase final do Europeu. Por que não pensar assim?»
Cada vez mais exposto às rasteiras dos adversários, o extremo diz que raramente pensa na dureza de quem o marca fim-de-semana após fim-de-semana. «Não tenho medo. Nunca me passa pela cabeça. Não acredito que vão à bola a pensar em lesionar um colega de profissão. Se há alguém assim são poucos. Noventa e nove por cento das vezes, entro em campo com a paixão de jogar futebol, não me preocupo com o resto», atirou.

Ronaldo festeja 23 anos: «Estou com a minha outra família»

«Gostava de estar com a minha família, estou com a minha outra família, que é a Selecção. Não tive prenda nenhuma em especial. o mais importante é o carinho que demonstram por mim.»

em: maisfutebol.iol.pt