«Ele, para desafios, era terrível», lembra Leonel
Nem no ténis de mesa Cristiano Ronaldo dá tréguas. O futebol é a sua vida, mas a modalidade mais praticada na Madeira cresceu com ele. Junta-se o atletismo e estão reunidas as preferências da estrela do Manchester United.
«Ó mister, se bater com a raquete desta forma, a bola ganha este efeito. Tem de fazer assim...», recordou Leonel Pontes ao Maisfutebol, conterrâneo do avançado, adjunto de Paulo Bento, melhor aluno do curso de IV nível de treinadores e um dos responsáveis pela contratação do madeirense.
Leonel Pontes admitiu que nos matraquilhos ainda conseguia bater Cristiano, mas «no pingue-pongue não tinha hipótese nenhuma, mesmo tendo ele 13/14 anos». Na era pré-Academia, Alvalade concentrava o centro de estágio e as várias secções do clube. Mesas de ténis não faltavam, tal como o interesse do treinador da equipa de então, que frequentemente perguntava a Leonel se «o miúdo não podia treinar com eles». Eles, os mais velhos.
«Mesmo no futebol, era assim. Era capaz de dizer que se tocasse a bola de determinada forma ela ganharia tal direcção», lembrou, ainda, o técnico leonino. Atitude que valeu muitas chatices entre ambos. «A nossa relação não era fácil. Fui muito duro com ele», admitiu.
Terceiro em 2007, primeiro em 2008
Dominar uma «personalidade forte» de apenas 13 anos era bico-de-obra. «Sempre quis ser o melhor, o mais forte, o que mais golos marcava, o que melhores dribles fazia. Ele, para desafios, era terrível», contou.
Dez anos passaram entretanto, mas o temperamento de Cristiano Ronaldo continua a liderar os seus objectivos. Condição suficiente para Leonel Pontes apostar que o extremo tudo fará em 2008 para arrecadar o prémio ou prémios que escaparam no ano que terminou. Como a distinção da FIFA para melhor jogador do mundo, atribuída a Kaká (Milan), seguido de Messi (Barcelona). É que consolação é troféu que não entra na estante do português. «A partir do momento em que ficou em terceiro... É um desafio. As pessoas ambiciosas precisam de desafios», observou.
«Habilidades» valeram bilhetes até Lisboa e, mais tarde, Manchester
Em 1996, já o nome circulava no meio. Contactos importantes do Sporting na Madeira espoletaram o interesse no continente e foi assim que Leonel Pontes se tornou enviado-especial a uma Região que bem conhece. Na oportunidade decorreu um torneio de escolinhas, contudo, Cristiano não jogou. Mas treinou e «as habilidades» que fez então foram suficientes para convencer o quadro do Sporting, ainda que superficialmente. «Aos 11 anos só conseguimos perceber se tem potencial. Temos por referência os melhores, caso do Quaresma, e dava para perceber que tinha um potencial enorme. Os próprios colegas, quando ele chegou, notaram a diferença. Diziam que o Cristiano jogava muito.»
Esta terça-feira Cristiano Ronaldo festeja 23 anos e apesar de ter sido um dos jogadores «mais completos» com que Leonel Pontes trabalhou, o treinador «não imaginava que aos 22 anos tivesse a projecção que tem». «Atingiu um patamar inacreditável e é extraordinário o que tem feito até hoje», reforçou.
«A maior parte dos jogadores que atingiu o estrelato consegui-o mais tarde. Por exemplo, Figo teve um rendimento crescente, o nível mais elevado foi atingido aos 25/26 anos, recebeu a bola de ouro aos 28, foi o melhor do mundo aos 29...», justificou.
A maturidade em campo há muito que deixou de ser uma preocupação, por oposição àquela que se revela fora dos relvados. O técnico do Sporting aconselha, como tal, Cristiano Ronaldo a «saber salvaguardar-se». «Quanto menor projecção extra-futebol tiver, melhor ele se protege. No dia em que for um mau exemplo, tudo o que fez de bom perde significado.»
«Ó mister, se bater com a raquete desta forma, a bola ganha este efeito. Tem de fazer assim...», recordou Leonel Pontes ao Maisfutebol, conterrâneo do avançado, adjunto de Paulo Bento, melhor aluno do curso de IV nível de treinadores e um dos responsáveis pela contratação do madeirense.
Leonel Pontes admitiu que nos matraquilhos ainda conseguia bater Cristiano, mas «no pingue-pongue não tinha hipótese nenhuma, mesmo tendo ele 13/14 anos». Na era pré-Academia, Alvalade concentrava o centro de estágio e as várias secções do clube. Mesas de ténis não faltavam, tal como o interesse do treinador da equipa de então, que frequentemente perguntava a Leonel se «o miúdo não podia treinar com eles». Eles, os mais velhos.
«Mesmo no futebol, era assim. Era capaz de dizer que se tocasse a bola de determinada forma ela ganharia tal direcção», lembrou, ainda, o técnico leonino. Atitude que valeu muitas chatices entre ambos. «A nossa relação não era fácil. Fui muito duro com ele», admitiu.
Terceiro em 2007, primeiro em 2008
Dominar uma «personalidade forte» de apenas 13 anos era bico-de-obra. «Sempre quis ser o melhor, o mais forte, o que mais golos marcava, o que melhores dribles fazia. Ele, para desafios, era terrível», contou.
Dez anos passaram entretanto, mas o temperamento de Cristiano Ronaldo continua a liderar os seus objectivos. Condição suficiente para Leonel Pontes apostar que o extremo tudo fará em 2008 para arrecadar o prémio ou prémios que escaparam no ano que terminou. Como a distinção da FIFA para melhor jogador do mundo, atribuída a Kaká (Milan), seguido de Messi (Barcelona). É que consolação é troféu que não entra na estante do português. «A partir do momento em que ficou em terceiro... É um desafio. As pessoas ambiciosas precisam de desafios», observou.
«Habilidades» valeram bilhetes até Lisboa e, mais tarde, Manchester
Em 1996, já o nome circulava no meio. Contactos importantes do Sporting na Madeira espoletaram o interesse no continente e foi assim que Leonel Pontes se tornou enviado-especial a uma Região que bem conhece. Na oportunidade decorreu um torneio de escolinhas, contudo, Cristiano não jogou. Mas treinou e «as habilidades» que fez então foram suficientes para convencer o quadro do Sporting, ainda que superficialmente. «Aos 11 anos só conseguimos perceber se tem potencial. Temos por referência os melhores, caso do Quaresma, e dava para perceber que tinha um potencial enorme. Os próprios colegas, quando ele chegou, notaram a diferença. Diziam que o Cristiano jogava muito.»
Esta terça-feira Cristiano Ronaldo festeja 23 anos e apesar de ter sido um dos jogadores «mais completos» com que Leonel Pontes trabalhou, o treinador «não imaginava que aos 22 anos tivesse a projecção que tem». «Atingiu um patamar inacreditável e é extraordinário o que tem feito até hoje», reforçou.
«A maior parte dos jogadores que atingiu o estrelato consegui-o mais tarde. Por exemplo, Figo teve um rendimento crescente, o nível mais elevado foi atingido aos 25/26 anos, recebeu a bola de ouro aos 28, foi o melhor do mundo aos 29...», justificou.
A maturidade em campo há muito que deixou de ser uma preocupação, por oposição àquela que se revela fora dos relvados. O técnico do Sporting aconselha, como tal, Cristiano Ronaldo a «saber salvaguardar-se». «Quanto menor projecção extra-futebol tiver, melhor ele se protege. No dia em que for um mau exemplo, tudo o que fez de bom perde significado.»
em: maisfutebol.iol.pt
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