Finlândia 1-1 Portugal
Portugal estreou-se na fase de qualificação para o Euro-2008 com um empate na Finlândia (1-1), o resultado que Scolari tinha «encomendado» na véspera e que, atendendo às circunstâncias, até acabou por ser positivo. A selecção entrou tremida, consentiu um golo, mas reagiu bem e chegou a expor argumentos suficientes para vencer, com destaque para as exibições personalizadas de Cristiano Ronaldo, Nani e Deco na segunda parte. A expulsão prematura de Ricardo Costa obrigou a uma redefinição de objectivos, mas a verdade é que Portugal não perde um jogo de qualificação desde 1998 (31 jogos). Sem surpresas no onze possível, tendo em conta as muitas ausências e a débil condição física do conjunto, os «temores» do seleccionador ganharam forma logo depois do primeiro apito do árbitro. A Finlândia partiu para o ataque, apostando tudo num forte jogo aéreo, à procura da elevada estatura dos seus centrais para encontrar o caminho para as redes de Ricardo. As incursões de Litmanen e Kolkka pelas laterais e, principalmente, as invasões de rompante de Tihinen e Hyypia na área colocaram em evidência as fragilidades da defesa portuguesa, tal como já se tinha visto frente à Dinamarca. Quando os possantes centrais finlandeses entravam na área, as marcações portuguesas perdiam equilíbrio e Hyypia esteve muito perto de abrir o marcador em dois lances nos minutos iniciais. Marco Caneira também demorou a adaptar-se ao flanco direito e foi por aí que nasceu o golo finlandês, aos 21 minutos, com Litmanen e Kolkka a trocarem bem a bola antes do cruzamento fatal para a cabeçada de Johansson. Até então o ataque português resumia-se a dois pontapés de Nani, de longe, porque a bola, com Deco «desaparecido», nunca chegou em condições a Nuno Gomes. No entanto, Portugal reagiu bem e, com Cristiano Ronaldo e Nani inspirados, empurrou a equipa escandinava para o seu meio-campo. A equipa de Scolari pegou então no jogo, trocando bem a bola e chegou ao empate, aos 41 minutos, com Nani a encontrar finalmente Deco que fugiu pela zona central, atraindo os defesas nórdicos antes de soltar, já em esforço, Nuno Gomes para a baliza. Portugal manteve a dinâmica e transportou-a para o segundo tempo, mantendo o controlo do jogo e a bola no meio-campo finlandês. Uma falta desnecessária de Ricardo Costa, aos 53 minutos, ditou um segundo amarelo que obrigou a uma súbita alteração de planos. Scolari procurou manter o equilíbrio, optando, em primeira instância, por recompor a defesa com Ricardo Rocha para o lugar de Nani e, depois, o meio-campo, com João Moutinho a entrar para o lugar de Nuno Gomes. A Finlândia voltava a acreditar e a «bombardear» a área de Ricardo, mas os portugueses já estavam bem organizados na defesa do anunciado resultado, com Cristiano Ronaldo solto, à procura de eventual brinde que acabou por não chegar. Um empate que se encaixa nas contas feitas pelo seleccionador e que permite à Selecção Nacional manter uma série impressionante de 31 jogos de qualificação, distribuídos pelos últimos oito anos, sem derrotas.
em:maisfutebol.iol.pt
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