Chelsea 1-0 Manchester United

O Chelsea conquistou a Taça de Inglaterra ao bater o Manchester United, na final do mítico Estádio de Wembley, com um golo solitário de Didier Drogba, marcado aos vinte cinco minutos do prolongamento, depois de noventa minutos muito tácticos, sem golos e com poucas emoções. José Mourinho soma, assim, o seu sexto título em três anos à frente do Chelsea, com o único troféu que faltava à sua galeria pessoal.
O golo decisivo foi um flash num jogo cinzento, com Obi Mikel a abrir uma brecha na defesa do United com passe para Drogba que, depois de uma tabelinha com Frank Lampard, bateu Van der Sar que vinha ao seu encontro, quando faltavam cinco minutos para o jogo ser decidido pelos pontapés da marca de grande penalidade.
A festa começou muito antes, com a decisão da competição mais antiga do futebol a regressar a casa, ao renovado e orgulhoso Wembley, repleto de caras conhecidas do futebol inglês entre os mais de noventa mil espectadores. Mas a verdade é que o jogo foi demasiado equilibrado, sem momentos de brilhantismo que arrastem o jogo para os anais da história. Os primeiros minutos foram mesmo sonolentos, com as equipas a trocarem a bola nos respectivos meio-campos e arriscando muito pouco em território alheio. A primeira oportunidade só chegou à meia-hora quando Paulo Ferreira destacou Lampard que obrigou Van der Sar à primeira defesa da tarde.
Foi o melhor que se viu até ao intervalo num embate entre duas equipas que não conseguiram disfarçar as limitações físicas impostas por mais de sessenta jogos ao longo da temporada. O relvado, que inicialmente parecia impecável, também se foi degradando e acabou por ter influência no fraco rendimento das duas equipas. Joe Cole, no lado esquerdo, era o único que conseguia levantar alguns «bruás» das bancadas, mas acabou por ser rendido por Robben ao intervalo.
A segunda parte começou mais aberta e com o United em crescimento, a pressionar mais perto da baliza de Cech, com Wayne Rooney em plano de destaque com rápidas arrancadas a desmantelar a organização defensiva dos Blues. O Chelsea ia respondendo com pontapés de longe, com destaque para um livre de Droga que roçou o poste. O tempo regulamentar acabou com uma cabeçada de Vidic por cima da barra, na sequência de um livre de Giggs.
O prolongamento arrancou com uma oportunidade flagrante para cada lado. Primeiro Giggs, a passe de Rooney, entrou em carrinho, mas Cech chegou primeiro e agarrou a bola sobre a linha fatal. A bola acabou por entrar, mas o guarda-redes foi empurrado pelo galês. O árbitro não assinalou a falta, mas também não assinalou o golo e o jogo prosseguiu. O Chelsea respondeu logo a seguir com uma cabeçada de Drogba às malhas laterais.
Quando tudo apontava para que o jogo ficasse decidido nos penalties, Mikel, Lampard e Drogba «inventaram» o golo que decidiu tudo. José Mourinho refugiou-se de imediato nos balneários, perseguido por Drogba, e só reapareceu para a entrega do troféu com seis dedos bem esticados a indicar o número de troféus que conquistou ao serviço dos «Blues».

em: maisfutebol.iol.pt

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