Sérvia 1-1 Portugal
Desta vez as habilidades de Ronaldo mal se fizeram notar; as trivelas de Quaresma não tiveram tempo para serem experimentadas; a segurança defensiva da dupla Andrade/Carvalho apresentou brechas; os remates dos mais inconformados encontraram um muro de uma invejável solidez. Desta forma, Portugal não conseguiu melhor do que um empate (1-1) na sua deslocação a Belgrado, perante uma Sérvia em crise de confiança, depois da inesperada derrota diante do Cazaquistão no passado sábado e que ontem poucos argumentos mostrou para ambicionar um resultado mais positivo.
Em jeito de balanço da dupla jornada, a equipa nacional amealhou quatro pontos, passou do quarto para o segundo lugar do grupo e atingiu as contas idealizadas por Scolari. Mas também é verdade que Portugal nos jogos com a Bélgica (sobretudo) e Sérvia provou que tem capacidade e matéria-prima de grande qualidade para chegar ao fim da fase de apuramento no topo do agrupamento.
Com o regresso de Simão, que cumpriu um jogo de suspensão no desafio com os belgas, o seleccionador optou por deixar no banco Quaresma. E esta foi mesmo a única alteração do onze nacional, quer a nível de unidades quer no esquema de jogo. Scolari mostrava que não se deixava deslumbrar com a reconhecida qualidade dos seus três extremos ao ponto de os colocar a todos em campo.
Com o objectivo de dar solidez ao meio-campo manteve Petit, Moutinho e Tiago. E o jogador do Lyon - apontado como principal candidato a sair caso Scolari jogasse com o trio de extremos - justificou o lugar no onze, quando aos quatro minutos, a uns 30 metros da baliza, rematou em arco sobre Stojkovic.
O 1-0 "irritou" de tal forma a Sérvia que, depois de algumas ameaças, construídas com um futebol rápido e que tiveram a cumplicidade da defesa portuguesa, chegou ao empate. Jankovic, melhor que os centrais portugueses, na sequência de um canto, foi o marcador.
Com dificuldade em exibir a sua melhor técnica - que o diga Ronaldo alvo de uma marcação cerrada - e com pouco espaço para entrar na área sérvia, Portugal elegeu os remates de longe para tentar chegar à baliza de Stojkovic. E conseguiu-o por diversas vezes, só que o guarda--redes estava em noite de grande inspiração e foi impedindo os festejos a Petit, Tiago, Moutinho e Ronaldo.
Com a Sérvia já rendida - só a espaços passava o meio-campo - e já com Quaresma no relvado, a selecção mostrava-se inconformada com o empate. Mas ontem não houve habilidade para chegar a novo golo.
em: dn.sapo.pt
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